Feirinhas da Prefeitura são bons endereços para celebrar o Dia do Artesão

17/03/2023 18:07

Edna de Oliveira Maia, artesã que trabalha na feira de artesanato em frente ao terminal Portão. Curitiba 16/03/2023. Foto: Levy Ferreira/SMCS
Edna de Oliveira Maia, artesã que trabalha na feira de artesanato em frente ao terminal Portão. Curitiba 16/03/2023. Foto: Levy Ferreira/SMCS

Neste domingo (19/3) é comemorado o Dia do Artesão, uma data dedicada a todos aqueles que usam habilidade e criatividade para produzir peças únicas e exclusivas.

“O trabalho do artesão é um testemunho da criatividade humana e da capacidade de transformar materiais em objetos de beleza e significado”, comenta Tangrian Tânia C. dos Santos, coordenadora das Feiras de Artesanato de Curitiba.

Curitiba possui uma das maiores feiras de artesanato do Brasil, a Feira do Largo, que acontece aos domingos no setor histórico e conta com 1.000 expositores. 

Dar uma volta na feirinha, como o lugar é carinhosamente chamado pelos moradores da cidade, faz parte da tradição de muitas famílias e tornou-se parada obrigatória para os turistas que visitam a cidade.

Todo dia é dia de artesanato em Curitiba. Além da feirinha do Largo da Ordem, a Prefeitura coordena 18 feiras que acontecem nos bairros, descentralizando a oferta e proporcionando renda para mais de 400 artesãos cadastrados. 

O setor criativo também é incentivado a produzir peças que levem a identidade cultural da cidade e outros 80 artesãos comercializam seus produtos nas lojas #CuritibaSuaLinda.

O Liceu de Ofícios Criativos também faz parte dessa cadeia produtiva, é dedicado aos artesãos da cidade e semanalmente oferece cursos de aprimoramento, empreendedorismo, bate-papos e mentorias. 

Artesanato em família

Cansados dos trabalhos formais e da falta de tempo para se dedicarem aos quatro filhos, Elisângela Castilho e o marido, Fabiano Neras, resolveram criar um ofício que pudesse ser feito dentro de casa e trouxesse mais liberdade. 

Formada em Química, Elisângela começou a produzir aromatizantes, velas e sabonetes (@lilyefabs). Fabiano também resolveu apostar no negócio, saiu do emprego formal e juntos passaram a vender os produtos nas feiras de bairro do Água Verde e Bacacheri. Há dez anos eles conseguiram uma vaga na Feira do Largo da Ordem, uma conquista celebrada e mantida com carinho.

“Nós começamos vendendo o que as pessoas de baixo poder aquisitivo viam nas grandes lojas e não conseguiam comprar. Nossos produtos são de qualidade, com preços acessíveis e com isso conquistamos clientes fiéis”, declara Elisângela.

Os produtos são vendidos por preços que variam de R$ 10 a R$ 125. O negócio familiar vem crescendo e já envolve os filhos na produção. Yasmin Castilho, filha mais velha, participa da rotina de vendas e produção. 

A visão empreendedora do casal levou à abertura da primeira loja em abril, no Mercado Municipal do Capão Raso. A segunda loja será inaugurada na Rua 24 Horas. “A nova loja vai atender os clientes que moram na região central e vamos revender também produtos de outros dez colegas artesãos”, celebra Fabiano.

Mais de 20 anos dedicados ao artesanato

Edna de Oliveira Maia, de 69 anos, começou a fazer artesanato em 2000. No mesmo ano começou a participar de feiras de artesanato.

Para ela, o trabalho manual sempre foi uma atividade estimulante. “Agora que eu passo mais tempo em casa, sair para as feiras é um dos prazeres que tenho hoje”, explica Edna. 

Edna produz e vende acessórios de cozinha, como panos de prato, toalhas de mesa, capas para butijão de gás. O carro-chefe da artesã são as toalhas personalizadas com nomes e as pantufas feitas de lã, sucesso durante o inverno. A renda complementa a aposentadoria do marido e permite que vivam com mais conforto.

Há dois anos, Edna expõe na feira de artesanato do Portão, todas as quintas-feiras, em frente ao terminal de ônibus do bairro. Aos domingos, ela participa também da tradicional Feira do Largo da Ordem. Ao longo do ano, é uma das artesãs da feira especial da Praça Osório, realizadas na primavera, inverno, Natal e Páscoa. 

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