Curitiba vacinou 1.426.486 pessoas contra a covid-19

27/09/2021 10:32

Nilberry de Jesus Lopes recebeu a segunda dose da vacina no ponto de vacinação montado no Centro de Esporte e Lazer Avelino Vieira, no Bacacheri. Foto: Daniel Castellano
Nilberry de Jesus Lopes recebeu a segunda dose da vacina no ponto de vacinação montado no Centro de Esporte e Lazer Avelino Vieira, no Bacacheri. Foto: Daniel Castellano

Desde o início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba imunizou, até sábado (25/9), um total de 1.426.486 pessoas com a primeira dose da vacina anticovid ou com o imunizante de dose única (Janssen).

Já são 1.388.390 curitibanos que receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus. Desse total, foram vacinados: 866.341 pessoas da população em geral (convocadas por idade); 213.603 idosos com 65 anos ou mais; 117.901 pessoas com comorbidades; 13.437 gestantes e puérperas; 8.727 pessoas com deficiência; 82 indígenas; 1.141 pessoas em situação de rua; 7.017 moradores, funcionários e cuidadores de instituições de longa permanência; 97.902 profissionais dos serviços de saúde da cidade (incluindo as equipes de vacinação); 16.360 trabalhadores das forças de segurança; 42.593 educadores (entre professores e trabalhadores da Educação Básica e Ensino Superior) e 1.252 trabalhadores da limpeza pública.

Imunização completa

Em Curitiba, 918.691 pessoas receberam a segunda dose da vacina até sábado (25/9) e outras 38.096 pessoas receberam a vacina em dose única, completando esquema vacinal anticovid.

O município também está aplicando as doses de reforço para idosos de 70 anos ou mais que já completaram o ciclo de imunização e pessoas imunossuprimidas que completaram esquema vacinal anticovid. Até sábado, 18.470 pessoas receberam a dose de reforço. 

A cidade já aplicou 2.363.647 unidades da vacina anticovid – primeira, segunda doses, dose única e dose de reforço. Ao todo, 98,1% da população de Curitiba acima de 18 anos já receberam ao menos uma dose e 65,8% da população acima de 18 anos de idade foram vacinadas com as duas doses ou a vacina de dose única, concluindo o esquema de imunização contra o novo coronavírus.

Doses recebidas

Até o momento, Curitiba recebeu do Ministério da Saúde, repassadas pelo Governo do Paraná, 2.593.864 doses de vacinas, sendo 1.529.218 para primeira dose, 1.025.671 para segunda dose e 38.975 doses de aplicação única. Nesse montante já estão contabilizados os 5% de reserva técnica.

A reserva técnica é uma medida de segurança, faz parte dos protocolos da logística e é necessária para evitar problemas no fluxo de imunização que possam ser causados por imprevistos eventuais, como por exemplo, quebra acidental de frascos.

O município tem capacidade para vacinar até 30 mil pessoas por dia e o avanço do cronograma de imunização ocorre à medida que as doses são enviadas pelo Ministério da Saúde ao governo estadual, responsável por distribuir os lotes do imunizante aos municípios.

Mutirão de sábado

O mutirão deste sábado (25/9) mobilizou servidores, voluntários e a população em 37 pontos de vacinação espalhados por todas as regionais de Curitiba. Cerca de 1,3 mil pessoas trabalharam na vacinação deste sábado – 508 como aplicadores dos imunizantes. Foram vacinadas 44.848 pessoas. 

Foram vacinados neste dia exclusivamente aqueles que receberam a vacina da Pfizer entre os dias 3 e 24 de julho, público que estava com a segunda dose agendada para o período entre 27 de setembro e 18 de outubro.  

A antecipação foi possível porque havia disponibilidade de doses da Pfizer. O mutirão deste sábado (25/9) atende a recomendação do Ministério da Saúde de redução do intervalo entre as doses desse imunizante, para atingir o espaço de tempo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose. Os que puderam ser vacinados neste sábado receberam mensagem pelo aplicativo Saúde Já ou pelo site. 

Alívio 

Moradora do Bacacheri, a artesã Graziele de Araujo Pedran viu a mensagem na noite de sexta-feira (24/9), depois de ficar sabendo por amigos que haveria a antecipação. 

“A minha seria dia 4 de outubro. Achei bom ter antecipado porque agora, lá em casa, meu marido, eu e meu filho de 21 anos estamos imunizados”, afirmou aliviada. “Estar aqui de novo para a vacina me faz sentir uma emoção, uma vontade de chorar. Minha sogra morreu de covid”, contou ela, que recebeu a vacina no Centro de Esporte e Lazer Avelino Vieira, no Bacacheri. 

A emoção de Graziele e de tantas pessoas é percebida por quem trabalha na vacinação. Servidora de carreira desde 2007, a técnica de enfermagem Rosângela Ternoski descreve o que sente trabalhando na vacinação. 

“Para nós, todo dia é uma vitória, pois estamos todos em busca dessa liberdade e segurança que a vacina nos dá. Muitos relatam para nós o que viveram em suas famílias, falam de pessoas que não tiveram a oportunidade da vacinação”, disse. 

“É um privilégio participar desse momento. Como profissional de saúde, me sinto no lugar certo, feliz de poder ajudar, fazer diferença na vida de tanta gente. Olha que coisa mais linda esse ginásio cheio de pessoas que vieram receber a vacina”, observou com alegria. 

O profissional da área de vendas Nilberry de Jesus Lopes define como conforto a sensação que tem por ter recebido a segunda dose. “Minha mãe mora comigo, ela tem 75 anos, me preocupo por nós dois. Dá alívio ser imunizado e contribuir para evitar a transmissão. E mesmo sendo imunizado, continuamos com todos os cuidados”, declarou. 

É assim também na casa do jovem Victor Rodrigues, de 21 anos, que mora com a mãe e com a avó. O estudante de Administração explica que é o responsável pela tarefa de sair, ir ao mercado e à farmácia sempre que uma das duas precisa. 

“Lá em casa, nenhum de nós teve covid, estamos felizes de passar por tudo isso com saúde. Eu estava ansioso para receber a segunda dose. Agora podemos pensar em começar a planejar alguma viagem no fim do ano”, comemorou ele, que faz questão de lembrar. “Continuamos mantendo todos os hábitos que já tínhamos antes da vacinação.” 

Equipe preparada 

O tempo de espera no Centro de Esporte e Lazer Avelino Vieira variou ao longo do dia. As equipes organizaram o fluxo, desde a chegada dos que seriam vacinados, numa etapa de pré-seleção, conferindo se a pessoa estava cadastrada para receber a segunda dose, para evitar que alguém aguardasse sem necessidade. 

Depois da fila ao ar livre, sob a tenda de espera, a equipe de apoio conferia um a um as informações para a vacinação que foi organizada no ginásio em 20 boxes. 

Nilberry considerou organizado o funcionamento da vacinação no CEL Avelino Vieira. “Fiquei cerca de uma hora aqui”, disse ele, depois de ser  vacinado. 

Victor Rodrigues, que recebeu a primeira dose no Pavilhão da Cura, no Parque Barigui, observou que a preparação da equipe e o funcionamento estavam semelhantes. Ele esperou quase duas horas, mas achou que o tempo passou rápido.  

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